terça-feira, 24 de julho de 2012

Schodinger, Romero e Hipocresia


Schrödinger e seu paradoxo do seu gato vivo ou morto, apesar da idéia cinematográfica com origem em George Romero, não se trata de um filme sobre zumbis.


É cômico como a situação social se encontra no momento atual, em relação a moral e a ética, passando por política, religião, estatus social e classes; há uma falta de coerência global, um paradoxo que remete ao gato de Schodinger.

Inicialmente é necessário uma breve observação sobre o modo de vida e qualidade de vida, a medida em que há uma base de como se objetiva a vivência, existe um modo de aferição do que se pode vir a ser uma qualidade de vida.

A qualidade de vida está prevista constitucionalmente no Brasil, baseado nos Direitos Fundamentais do ser Humano, em que há previsão de vida, saúde, educação, acesso a justiça, segurança e todos os ítens que teoricamente o Estado de forma paternal deveria proporcionar a seus cidadãos.

Idéia utópica, porém está positivado na Constituição Federal; nesse ponto os ilustríssimos "cidadãos" brasileiros, "conhecem" seus DIREITOS, mas o quantum necessário para aprendizagem das suas obrigações é cada vez mais abstrato...

REPO MEN é um filme canadense, do gênero: ficção científica, aonde dois coletores interpretados em atuações competenes de Jude Law e Forest Whitaker, trabalham para a União recolhendo os órgãos transplantados dos indivíduos que estão inadimplentes. 
Poderia ser facilmente o enredo de uma comédia, mas cada vez mais se parece com o panorama atual, aonde os cidadãos não cumprem os seus deveres para com a sociedade, para com outros cidadãos e muito menos para com o Estado. O paradoxo é tão grande que a visualização do TODO é de uma dificuldade estrabicomilpeana, se não houvessem as "mãos invisíveis" sobre os olhos dos que não querem olhar. Talvez a luminosidade seja tão grande que há realmente uma dificuldade ao sair da caverna, contudo há formas de se utilizar os óculos solares de maneira correta, talvez precisaremos de uma quantidade maior de transplante de retinas, talvez de ouvidos ou até de cérebros!!!
"A hipocresia está no centro da vida moral pública!!!" Pondé está muito certo ao falar isso, será que a União estará errada em recolher os órgãos dos indivíduos que estão inadimplentes??? O maior bem jurídico tutelado é a VIDA??? O que é ético??? O que é MORAL??? O que é HIPOCRESIA??? O que é justiça??? O que faz sentido???

Quando há desigualdades no ambiente social, e intrinsecamente concretada como base do que se conhece como a sociedade atual, não haverá meios de desenvolvimento emancipatório para os cidadãos que estarão sob domínio hierárquico economicamente. Como haverá reflexão, se não há humanidade dentro dessa realidade racional???

É de fato um paradoxo: os cidadão são mortos-vivos não de Schodinger mas de Romero, não refletem sobre a sobre vida ou sub-vida em que passam os dias, não vão além da alienação diária do consumo e do pão e circo, apenas reproduzem mecanicamente cartilhas de como se deve viver de 2.000 mil anos passados, amor, arte, fraternidade e liberdade são conceitos abstratos e fora de moda. 

No filme há uma contradição de classes, falta de recurso é universal, a execução para inadimplentes é similar, não há distinção para quem não cumpre com seus deveres. Mas será que isso é justiça???

SPOILER: o final é coerente com o início!!!


segunda-feira, 5 de março de 2012

Drive (2011)


Olá amiguinhos!

A maldade pode ser interpretada de várias maneiras... assim como o heroísmo com pitadas fascinantes de cenas pitorescas e nada polidas!
O herói é quieto, reflexivo e misterioso que de maneira agoniante e silenciosa demonstra sua capacidade inacreditável de fazer aquilo que acredita ser bom: dirigir. E é exatamente a sua incrível capacidade de "boleia" que contribui para a sobrevivência do protagonista como dublê , e as vezes como motorista (a la GTA) para assaltantes ! Além disso ele trabalha em uma oficina que fabrica carros para filmes.

E é essa basicamente a história do filme. Um dublê de filmes de ação que acaba se metendo em uma baita cagada , ao colaborar com uma pessoa que não era tão inteligente assim .

Se o amor, ou a tentativa de paz mundial move um herói , esse de Ryan Gosling é menos pedante e mais honesto ao demonstrar que bondade é uma atitude bem relativa. O sentimento que fica é que ao contribuir com a vida de Irene (Carrey Mulligan) , o solitário motorista encontra um mundo um pouco mais alegre, e que gostaria de proteger portanto simples e sincero ao mesmo tempo.

Valeu a pena assistir esse filme , e compreender que personagens silenciosos me encantam... Não é a toa que admiro o "Estranho sem nome" personagem do Clint Eastwood tanto ele quanto Ryan Gosling representam heróis as avessas e de poucas palavras, que intimidam com uma paciência e matam com uma frieza "admirável".

Até as cenas de sangue são "classudas". Esse filme me surpreendeu positivamente, e é uma pena que tenha chegado aos cinemas tão tarde! Estou ansiosa para ler o livro que deu origem ao roteiro perspicaz que mostra uma bondade não tão convencional, com um herói inacreditavelmente sensacional.





quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Imorais





Há claras lembranças das aulas de história e também de "Cavaleiros do Zodíaco" no que se refere a mitologia grega.
Também vem na memória os clássicos: Ilíada e Odisséia de Homero.
Além disso, filmes mais antigos como: Hércules com o fisiculturista Lou Ferrino e até mesmo a primeira versão de "Fúria de Titãs" de 1981, fazem ter recordações do quanto eram divertidos e criativos os clássicos gregos.
Já o atual Imortais, não irá convencer a maioria dos expectadores que conhecem um mínimo da mitologia grega, das capacidades de seu herói: Teseu, muito menos da história confeccionada sem uma estrutura sólida nas antigas tradições.
Nem a presença de atores e atrizes com beleza de deuses gregos salvam o filme da total previsibilidade e senso comum.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Original Vs. Refilmagem

Hoje em dia, nos deparamos com muitas refilmagens, mais precisamente no gênero terror. Obviamente, a intenção da refilmagem é trazer para os dias de hoje uma história que foi contada numa determinada época. Ou seja, a refilmagem nada mais é do que uma renovação. Claro que nos deparamos com muitos filmes que nunca imaginávamos que era um remake. Quer um exemplo que vai te espantar? O Mágico de Oz de 1939. Já havia uma versão em 1925. Quer mais exemplo? Posso citar um aqui: Por Um Punhado de Dólares. O original é um filme japonês chamado Yojimbo, dirigido por Akira Kurosawa. Aliás, outro western é remake de um filme do Kurosawa, Sete Homens e Um Destino.
O que eu quero dizer, é que remake não é uma moda de hoje. Bem, tá certo que hoje é mais forte e mais constante do que antes. Para se ter uma ideia, dos clássicos monstros do terror (Leatherface, Michael Myers, Jason Voorhees, Freddy Krueger, Chucky e Pinhead), 4 deles já tiveram refilmagens.
O Massacre da Serra Elétrica de 2003 é quase tão bom quanto o original. Na refilmagem, o filme fica mais sanguinário, deixando de lado o suspense mostrado no original. Já Halloween, Sexta-Feira 13 e A Hora do Pesadelo, foram caça-níqueis. A única coisa que acrescentaram foram uma história para contar como os vilões surgiram; a pior de todas é a do Freddy Krueger, diga-se de passagem.

Agora, existe filmes clássicos do terror (vou me prender mais a esse gênero que é o qual eu conheço mais) que foram refilmados de forma competente. Um ótimo exemplo é A Noite dos Mortos-Vivos de 1990, dirigido por Tom Savini. O filme é tão bom quanto o original, sem sombra de dúvida. Uma refilmagem que eu acho que superou o original foi Viagem Maldita de 2006 (o original se chama Quadrilha de Sádicos), o francês Alexandre Aja fez um trabalho extraordinário, na minha opinião.

Porém, muitas vezes, encontramos refilmagens que jamais deveriam ter sido feitas (seria bom se o Spielberg pudesse ler esse texto). Fora o Guerra dos Mundos, outro exemplo é o O Dia em Que a Terra Parou (porra, Keanu Reeves?!?!). O que os produtores buscam com essas refilmagens desnecessárias? Será que eles buscam humilhação? Ou será que eles estão cagando dinheiro e durante uma tarde pensam: "ah, qual filme será que vou estragar com o original deixando ele totalmente ridículo?". O mais incrível é quando tais porcarias fazem sucesso por causa do elenco ou diretor (Spielberg é com você de novo).

Um ponto positivo das refilmagens é que, quando o DVD é lançado, provavelmente o DVD do original também será lançado. Um que eu fiquei muito feliz que aconteceu isso foi o extraordinário I Spit On Your Grave (original: A Vingança de Jennifer - refilmagem: Doce Vingança). Os dois filmes são muito bem feitos (e olha que quando eu soube desse remake eu era totalmente contra) - o bom do remake é a violência. Meses atrás foi lançado em DVD o remake do The Last House On The Left (original: Aniversário Macabro - refilmagem: A Última Casa), agora foi lançado o DVD do original. Outros que foram lançados, original e remake é o The Crazies (original: Exército de Extermínio - refilmagem: A Epidemia), que, na minha opinião, o remake é bem melhor. Só falta lançar Quadrilha de Sádicos agora, daí fica perfeito o negócio.

O que eu realmente quero enfatizar aqui é que temos que dar uma chance pras refilmagens, já que elas estão saindo a todo vapor. Eu, ultimamente, estou vendo os filmes sem preconceito.Não quer dizer que, só porque eles são remakes eles são filmes ruins. Admito que alguns são melhores que os originais. Afinal de contas, querendo ou não, parece que vai demorar um bom tempo para eles pararem de serem feitos.

OBS: a cena em que a Jennifer corta o pênis do malandro (no original) é angustiante.
OBS2: não posso deixar de citar A Profecia de 2006. Foi lançado em 06/06/06. E é um filme ruim pra caramba.

Adriano Mendes

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Capitão América (2011)

Criado por Joe Simon e Jack Kirby e lançado pela Marvel Comics em Março de 1941, Capitão América é o primeiro (último) Vingador a aparecer nas telonas. Steve Rogers nasceu em 4 de Julho de 1920 (4 de julho é o Dia da Independência dos EUA e 4 de julho de 1920 foi quando Freud dirigiu-se a Eitingon como "caro Max" pela primeira vez - informação que não tem nada a ve com o Capitão América).
Horrorizado com o que os nazistas faziam durante a guerra, Rogers tentou se alistar várias vezes, porém nunca conseguia até que o General Chester Phillips ouviu que o garoto gostaria de lutar pelo seu país e eis que lhe oferece a oportunidade de participar num projeto ultra-secreto chamado Operação Renascimento (Operation Rebirth) que melhoraria a performance do indivíduo. Aceitando isso, Steve é levado até um laboratório em Washington-DC, onde conhece o Doutor Abraham Erskine (conhecido como Professor Joseph Reinstein), o criador do soro do Super-Soldado. No filme, houve uma leve mudança: não foi o General que indicou Steve Rogers para o projeto e sim o Doutor; no treinamento para escolha do indivíduo que irá tomar o soro, somos apresentados ao General e também a Peggy Carter. Após semanas de testes, finalmente Rogers recebe o soro juntamente com o bombardeio de raios vita. Após isso, o resultado: Rogers estava totalmente melhorado. Um espião nazista, que estava vendo tudo, assassina o Doutor Erskine. A produção mostra exatamente isso. Outra coisa que achei muito legal é que antes de receber o soro, Steve Rogers está raquítico e cabeçudo. Isso foi feito de forma proposital pra aparecer idêntico a HQ. Após um intensivo treinamento físico e tático, Capitão América recebe sua primeira missão: parar o agente nazista chamado Caveira Vermelha. Voltando ao filme, vemos que após a morte de Erskine, Rogers não recebeu tal treinamento, apenas descobriu e controlou seus poderes numa perseguição ao espião que matou o Doutor; a roupa original é mostrada para ser um alívio cômico pois, com certeza, não iria funcionar no filme; a partir daí temos uma mistura da HQ original com a versão Ultimate da Marvel, descobrimos que o Caveira Vermelha (Johann Schmidt) é tão forte quanto Capitão América (o que na versão original não existia) e a mudança do uniforme.

A partir da primeira ação no filme, já vira uma mistura de muitas histórias do herói. Durante o filme, é possível perceber várias brechas pra futuros filmes, não só do Vingadores como também de personagens-solo e do próprio Capitão América. Apesar disso, o filme não ficou massante, a história ficou muito boa. Dou uma dica pra um filme solo: Soldado Invernal (Winter Soldier) - pesquisem no Google e saberão do que estou falando. Além da presença do Tocham Humana (original) na exposição do Howard Stark - tem que prestar bastante atenção nessa aparição pois é bem rápida. E não posso me esquecer do Comando Selvagem - Google de novo, meus caros. O que foi deixado de lado, e feito inteligentemente isso, foi o grupo Os Invasores que foi formado por: Capitão América, Bucky, Tocha Humana, Namor, Centelha, Miss América, Union Jack e Spitfire. Nessa nova produção, percebemos que o principal inimigo do Capitão América é, realmente, o Caveira Vermelha e não o Cubo Cósmico, que nas HQs originais era o seu "maior inimigo". Pra quem não sabe, o Cubo Cósmico é um artefato que foi criado pela sociedade secreta para-militar denominada I.M.A. (não lembro o que significa, caros leitores) com o objetivo de dominar o mundo (é claro, sempre é isso!). Eis que o Caveira Vermelha se apossa do Cubo Cósmico e se torna poderoso, mas é derrotado pelo Capitão América. Ah sim, o Cubo Cósmico que tem a capacidade de transformar qualquer objeto em realidade, independente do que aconteça.

Devo dizer que gostei muito desse novo filme, até achei melhor que Thor (estou vendo pedras chegando em minha direção). As cenas de ação são ótimas, a maquiagem do Caveira Vermelha é uma das coisas mais perfeitas que já vi. E eu queimei minha língua quando eu disse que o filme seria ruim por conta do Chris Evans. O cara soube muito bem suportar a responsabilidade do maior ícone da Marvel, com poucas piadas e muito carisma. As cenas cômicas ficaram mais pro personagem de Howard Stark (que está muito parecido com Tony Stark). OBS: alguém lembra o nome daquele elemento que Anthony Stark usa em Homem de Ferro 2 pra melhorar sua armadura e também pra salvar sua vida?
General Chester Phillips interpretado perfeitamente por Tommy Lee Jones, não imagino um outro ator no papel. Hayley Atwell, essa lindeza toda que interpreta Peggy Carter e Hugo Weaving como Caveira Vermelha, atores perfeitos para os papéis que interpretaram.
Porém, o que mais deixou boquiaberto mesmo, foi a cena pós-créditos: o teaser trailer de Vingadores. Capitão América, Homem de Ferro, Thor, Hulk, Gavião Arqueiro e Viúva Negra, fora a galera da SHIELD, fiquei boquiaberto com as cenas. O Capitão arrebentando um saco de areia; Homem de Ferro "zoando" Thor; uma aparição relâmpago do Hulk lançando uns carros e de Bruce Banner; aparições da Viúva, Gavião e Nick Fury. Eu endoidei.
Pra finalizar: a cena antes dos créditos foi triste - "I had a date." - coitada da Peggy Carter.

Elenco:
Chris Evan - Steve Rogers/Capitão América
Hayley Atwell - Peggy Carter
Sebastian Stan - James Buchanan 'Bucky' Barnes
Tommy Lee Jones - Coronel Chester Phillips
Hugo Weaving - Johann Schmidt/Caveira Vermelha
Dominic Cooper - Howard Stark
Stanley Tucci - Dr. Abraham Erskine
Toby Jones - Dr. Arnim Zola
Neal McDonough - Timothy 'Dum Dum' Dugan
Derek Luke - Gabe Jones
Kenneth Choi - Jim Morita
JJ Feild - James Montgomery Falsworth

Curiosidade:
O filme de 2011 é a sexta produção do Capitão América. O Bandeiroso encontrou as telonas (e também as telinhas) anteriormente nos anos de 1944, 1966 (série de TV), 1979 (d0is filmes) e 1990.

Adriano, your friend to the end hidey-ho hahaha!

sábado, 23 de julho de 2011

X-MEN


















X-MEN first class é isso: Ciclope, Jean Grey (Garota Marvel), Fera, Anjo (ou Arcanjo) e Homem de Gelo. Qualquer coisa fora disso é coisa da FOX...

Como pode??? Já tinham estragado a "ORIGEM" do Wolverine, agora fazem um filme com uma pseudo origem dos X-Men, com personagens fracos e que não possuem nenhum contexto em uma linha cronológica MARVEL comics!!!???




O filme até que funciona bem, Michael Fassbander como Magneto e James McAvoy como professor Xavier carregam o filme com boas atuações, em nada devem aos veteranos Ian Mckellen e Patrick Stewart, da trilogia anterior. Também temos Kevin Bacon muito bem como o vilão Sebastian Shaw!!! O resto... são atores esforçados!!! A direção também não vai mal com Matthew Vaughn, que já havia feito o ótimo Kick Ass!!!




No mais, por que inventar uma nova história se já existe uma realmente boa e que não precisa de retoques??? Assim como o Wolverine??? Será que é apenas para vender mais brinquedos??? Colocando uma sensura baixa???




Má idéia!!! Não exatamente na "casa das idéias", mas por parte da FOX!!!




Sem mais...




sexta-feira, 15 de julho de 2011

O Super-Homem

O nome do filme é: "O Homem que era o Super-Homem".
Produção do ano de 2007, com estréias no ano de 2008 para o restante do mundo. Sua origem é da Coréia do Sul e pode se classificar como um drama/comédia.

Há momentos na vida no qual se reflete sobre o andamento das nossas realizações, frustrações, méritos, sonhos, paixões, etc., momentos que o mundo para e há um questionamento sério: quem sou EU???

O filme inicia dessa forma, mas há muito mais para ser refletido do que o início de humor se aproximando do infantil, bastante caricato; a película se desenvolve como uma pessoa, passando por uma fase conturbada de aceitação, quase como na adolescência, chegando do meio ao final com uma postura séria e madura como na fase adulta e terminando serenamente na melhor idade. Não chega a lembrar o "Up" da PIXAR, mas a reflexão irá além...

Dos atores principais quem se destaca é Hwang Jung-min, o tal Super-Homem do título, atraindo todos os olhares para si em uma atuação muito detalhada. É nítido como o mesmo personagem parece tão diferente do começo para o final.

O roteiro é derivado de uma história real, e isso realmente impressiona. Se fosse um filme francês, com certeza seria muito mais conhecido e dramático.

A fotografia é como um típico filme asiático, de bastante qualidade. Bastante luz mesmo em ambientes fechados e nas cenas ao ar livre há uma variedade de cores que sempre estão em harmonia com a intensidade da cena.

O figurino chama um pouco a atenção pela já tradicional e marcante capa vermelha que é característica do super herói da DC comics, que tem o nome de Super-Homem. Talvez o personagem de histórias em quadrinhos mais famoso mundialmente, mas no filme é uma peça que chama a atenção pelo seu simbolismo.

Retornando ao que prende a atenção, a reflexão está exatamente na questão inicial. Será que sabemos sempre quem somos e o que queremos??? Os dois personagens principais se trocavam dentro do mesmo questionamento, mas nem sempre as questões de racionalidade e as crises da rotina possibilitam que se visualize ao nosso próprio EU em um espelho da consciência.

Será que sou aquele que iria ajudar as necessidades de quem se apresenta em estado de socorro, ou seria mais uma pessoa no meio da multidão a ignorar o fato??? Talvez como POVO, uma coletividade de ovelhas, principalmente no aspecto político, a maioria nunca se arriscaria nem se meter em uma discussão com argumentos sérios, o que nos torna apolíticos e em estado de inércia aos fatos que podem mudar drasticamente o cotidiano próprio. A inércia como definida por Newton, possui a característica de ser nula e estática e assim como na vida, não teremos nenhum tipo de mudança se não há o desejo e a vontade para que as coisas mudem. Isso fica bem perceptível na cena da "corda da mulher maravilha"... Afinal, você está aí porque quer; o seu lugar... é aqui s2!!!

De acordo com Paulo Freire a PRÁXIS é a ação e a reflexão dos homens para a transformação. É o que se busca na vida. Não se pode, pura e simplesmente praticar uma atitude sem reflexão; contudo a reflexão apenas nãos nos traria nenhuma mudança, a não ser em nós mesmos. Podemos sempre, TODOS NÓS ter a capacidade de ser o Super-Homem, voar em busca de nossos sonhos e pelo ideal de fazer o que é considerado pela moral atual de correto e virtuoso, só não há coragem e vontade no grande pasto, urbano ou rural, real ou virtual, em um universo macro e nem no micro.

Para os gregos a nomenclatura cidadania envolvia: DIREITOS de cada cidadão e principalmente OBRIGAÇÕES, que geralmente é deixada para o esquecimento dos contemporâneos cidadãos.