segunda-feira, 18 de abril de 2011

Do You Like Scary Movies?

O ano: 1996. O diretor: Wes Craven. O escritor: Kevin Williamson. Para os "gore geeks" essas pequenas informações já bastam. Mas, para interar todos no assunto, estou falando de um filme que mudou a história do terror: Pânico. Wes Craven, um diretor que teve seus altos e baixos, volta com maestria na primeira parte de uma quadrilogia. O filme, que era pra ser chamado como "Scary Movie" (um tipo de referência para o que o assassino fala em seus telefonemas) acabou sendo chamado "Scream" pelo motivo da máscara do Ghostface ter sido inspirada pelo quadro que leva o mesmo nome. Craven, que é conhecido por ter feito 3 ótimos filmes: Aniversário Macabro (The Last House On The Left - 1972), Quadrilha de Sádicos (The Hills Have Eyes - 1977) e A Hora do Pesadelo (A Nightmare On Elm Street - 1984) foi escolhido para dirigir uma história escrita por Kevin Williamson (o primeiro trabalho do cara). Uma história simples que mudou gerações. Antes do lançamento de Pânico, os filmes de serial killer estavam em baixa, antes dele tivemos, entre os reconhecidos pela galera, Silêncio dos Inocentes ( The Silence Of The Lambs - 1991) e Seven - Os Sete Crimes Capitais (Seven - 1995).
Foi então que eles resolveram fazer Scream. Mas, não foi apenas fazer, foi uma reinvenção. Todo fã de terror se deliciou com as referências que o filme mostra e também o suspense criado na trama. Além disso, foi o pontapé para as produções de "terror teen" e a fórmula do susto fácil, que foi usado de forma um tanto que exagerada na produção. Mas isso não tirou a curiosidade dos fãs de terror que lotaram os cinemas naquela época (eu só pude assistir em VHS, tinha 10 anos naquela época). Juntando tudo isso e mais um elenco de pessoas um tanto que desconhecidas, o filme lucrou muito mais do que se esperava. Tanto que originou mais duas continuações: Pânico 2 em 1997 e Pânico 3 em 2000, só 11 anos depois que resolveram criar mais um, vou me prender mais em Pânico 4 nos parágrafos seguintes.
Pânico se prendeu na homenagem e na recriação de um gênero. Já Pânico 2 e 3, ficaram um tanto que no mesmo, recriando pouca coisa. Agora, Pânico 4, lançado aqui no Brasil na última sexta-feira (15/04/2011), resolveu trazer a franquia para os tempos de hoje. O filme, que tem todos os personagens sobreviventes dos filmes anteriores (mesmos atores também) resolve falar sobre as ondas do momento: remakes e filmes em primeira pessoa. Reparem que eu não estou entrando em detalhes sobre a história de cada filme, não estou fazendo isso porque eu acho que irei entregar muita coisa que não se deve ser falada. Mas, pensem assim: se a onda de hoje em dia é refilmagem, quando você ver Pânico 4 você vai achar que está revendo Pânico.
Craven e Williamson souberam trabalhar muito bem na história, que foi muito cativante e, devo dizer, que entre os 4 filmes esse é o segundo melhor. As referências estão presentes, o susto fácil está presente e tem até mortes mais "elaboradas" com bastante sangue e nojeira, tem até mais comédia agora. Depois do mediano A Sétima Alma (My Soul To Take - 2010), Wes se superou bastante. É muito bom ver um diretor que marcou bastante minha infância mostrando novamente seu ótimo trabalho.
Vou parar por aqui, até queria escrever mais alguma coisa mas acho que entregaria muita coisa sobre a trama do filme. Apenas vou apontar algumas referências que os filmes possuem:

Pânico (Scream - 1996):
- O sobrenome do personagem Billy Loomis foi usado como homenagem ao Dr. Loomis (Donald Pleasence) de Halloween (o escritor Kevin Williamson escreveu no roteiro que Halloween é seu filme predileto. O cara tem bom gosto) que recebeu esse sobrenome do personagem Sam Loomis (John Gavin) de Psicose.
- Na cena inicial Casey (Drew Barrymore) está fazendo pipoca, uma cena similar a Annie Bracket (Nancy Kyes) em Halloween.
- Casey grita por ajuda mas sua voz não saia, assim como Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) em Halloween II.
- Na cena em que Billy entra pela janela do quarto de Sidney toca a música "Don't Fear The Reaper" que tem na trilha sonora de Halloween. A versão de 1978 foi feita pela banda Blue Oyster Cult.
- Em uma das cenas está passando Halloween na televisão.
- Na cena inicial, o assassino pede para Casey dizer o nome do assassino em Sexta-Feira 13 (Friday the 13th - 1980). Levante a mão quem disse Jason. Mas você está errado, foi Mrs. Voorhees (Betsy Palmer), a mãe de Jason.
- Sidney mora na "34 Elm Street", a mesma rua de Freddy Krueger.
- A melhor de todas as referências: o zelador que aparece bem rápido é o diretor Wes Craven e ele está usando uma roupa idêntica ao de Freddy Krueger (Robert Englund).
- O jeito que Casey é pendurada após ser morta lembra bastante a garota morta em Suspiria (1977) - diga-se de passagem: Suspiria é um filmaço.
- Durante uma conversa o filme Candyman (1992) é mencionado.
- Sidney compara a cidade com The Town That Dreaded Sundown (1976) - não foi lançado no Brasil, mas é um ótimo filme.
- Os filmes locados para a festa de Stu: Hellraiser (1980), A Bruma Assassina (The Fog - 1980), A Morte convida Para Dançar (Prom Night - 1980), Terror Train (1980) e The Evil Dead (1982).
- Tatum (Rose McGowan) diz: "What is this? I Spit On Your Garage?" - uma referência para A Vingança de Jennifer (I Spit On Your Grave - 1978).

Pânico 2 (Scream 2 - 1997):
- Durante uma discussão sobre sequências que foram melhores alguns filmes foram mencionados, como: Aliens (1986), O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final (Terminator: Judgmente Day - 1991).
- Na cena do cinema, quando eles estão vendo Stab (um filme baseado nos acontecimentos do primeiro Pânico - metalinguagem) o Ghostface que voa pela sala é uma referência a A Casa dos Maus Espíritos (House On Haunted Hill - 1959).
- Um personagem diz que não quer fazer parte de Faces da Morte (Faces Of Death).
- Quando está falando com o assassino, Randy diz que seu filme de terror predileto é Showgirls (1995), também menciona Final Exam (1981), Graduation Day (1981), Splatter University (1984), The House On Sorority Row (1983) e The Dorm That Dripped Blood (1970) - filmes em que o serial killer se "diverte" nas universidades, Pânico 2 se passa, basicamente, numa universidade.

Pânico 3 (Scream 3 - 2000) - só lembrei de uma:
- O nome da personagem Jennifer Jolie é uma combinação de Jennifer Aniston e Angelina Jolie.

Pânico 4 (Scream 4 - 2011):
- O estilo de filmagem e o enredo da história.
- É mencionado filmes como: Madrugada dos Mortos (Dawn Of The Dead - 2004), Horror em Amityville (The Amityville Horror - 2005), A Hora do Pesadelo (A Nightmare On Elm Street - 2010), Sexta-Feira 13 (Friday the 13th - 2009), entre outros.
- O nome de Gunnar Hansen é mencionado. Ele foi o primeiro Leatherface de O Massacre da Serra Elétrica (The Texas Chainsaw Massacre - 1974).
- Jogos Mortais (Saw) é mencionado.
- Numa cena vemos vários posters de filmes consagrados.

Adriano Mendes

domingo, 17 de abril de 2011

“Doze homens e uma sentença” e o ofício do cinema







Sabrina Demozzi

Primeiro é o filme. E depois a paixão que torna “Doze homens” um dos filmes mais memoráveis de todos os tempos

Pra começar a falar desse filme vou citar uma canção que Maria Bethânia interpreta como ninguém, trata-se da música “Sete Trovas” dos autores Consuelo de Paula, Etel Frota e Rubens Nogueira. Nessa música fala-se do que significa o ofício da música, como podemos ver nos versos a seguir:

“A canção é meu pecado

Minha dor e redenção

Meu brinquedo, meu reisado

O meu bocado de pão

A canção é meu estado

Minha sina, distração

Meu folguedo, meu congado

Meu cajado, profissão... “

Uma sorte. Um presente. Continua a linda letra que vai ilustrar o que é a canção para quem a ama e torna disso seu trabalho. E é aqui que começo a falar de Sidney Lumet. Um trabalhador do cinema. Um homem que nos deu “Doze homens e uma sentença” uma das maiores obras-primas da cinematografia. Um daqueles filmes que não dá pra gente morrer sem ver. Além é claro de todas as outras belezas que ele realizou.

Esse filme é de 1957 e o título original é “12 Angry Men”. No elenco, estrelas como Henry Fonda, Martin Balsam, Lee J. Cobb e Jack Warden dividem as atenções. Um filme cuja sinopse resume o filme como “Doze jurados devem decidir se um homem é culpado ou não de um assassinato, sob pena de morte. Onze têm plena certeza que ele é culpado, enquanto um não acredita em sua inocência, mas também não o acha culpado. Decidido a analisar novamente os fatos do caso, o jurado número 8, representado por Henry Fonda, não deve enfrentar apenas as dificuldades de interpretação dos fatos para achar a inocência do réu, mas também a má vontade e os rancores dos outros jurados, com vontade de irem embora logo para suas casas.”

Lee J. Cobb, um ótimo ator, é o jurado de número 3 e é um dos personagens que mais me dá nos nervos. Ele grita demais, é racista e preconceituoso. É uma tortura quando ele está em cena. Sempre penso nisso quando vejo esse filme. Já o Henry Fonda que interpreta o jurado número 8 é a elegância em pessoa, fala baixo, de forma coerente. Como um Sócrates moderno ele instiga os demais jurados a fugirem das convicções recém formadas e a pensarem melhor. “E se não for bem assim?”.

Esse filme para mim, fora todos os méritos cinematográficos que possam existir, é um dos filmes que todos deveriam assistir por questionar o que já está estabelecido, o que já está decidido. Não estou pregando a anarquia, mas sim a argumentação, o pensamento e a inteligência.

E é só quem faz da sua vida seu ofício e vice-versa que consegue transmitir isso com tamanha precisão. Como fez Lumet. Ele era um observador da realidade e das pessoas, conseguia como poucos transportar para as telas os tipos de pessoas sem cair na caricatura ou falsidade, era um gênio. Seus atores pareciam nascer para os papéis e nós sem querer nos solidarizávamos com os piores tipos, torcíamos pelos bandidos, porque eles não eram tão ruins assim. E quem se identifica, reconhece.

“Doze homens” é um daqueles filmões que não existem mais. Quem faria um filme cujo enredo se passa, a maior parte do tempo, em uma sala onde jurados estão reunidos? Sem saudosismo, acho Lumet essencial não só para quem gosta de cinema, mas todos que levam seu ofício a sério. Não importa qual seja. Esse filme é uma das maiores mostras de que há gente que nasceu para determinado trabalho e se apaixonar pelo que faz é conseqüência, assim eu finalizo esse texto perguntando: qual é seu ofício?

domingo, 3 de abril de 2011

O Caminho dos Defuntos

Tudo começou em 1968, quando um diretor de apenas 28 anos juntamente com seus amigos resolveu fazer um filme de terror com pouco orçamento e filmado em preto-e-branco, eis que falo de George A. Romero e seu filme, que se tornou um clássico cult, "A Noite dos Mortos-Vivos". O filme que foi produzido com apenas U$114.000 e arrecadou U$30 milhões após ser exibido várias vezes durante alguns anos. Além disso, foi o primeiro filme a mostrar mortos-vivos canibais, dando uma nova visão a filmes de terror, a partir dele, vários filmes copiaram essa temática. Na época em que foi lançado, críticos não gostaram do filme por causa do apelo explícito. Apesar disso, foi selecionado para fazer parte do "National Film Registry" como um filme "culturamente, historicamente ou esteticamente significante". Como "A Noite dos Mortos-Vivos" não possui direitos autorais, a história originou vários outros filmes, mas o melhor de todos foi a sua refilmagem que contou com a participação do mestre George A. Romero. Foi dirigido por Tom Savini, especialista em efeitos especiais (Savini trabalhou com Romero no "Despertar dos Mortos", falarei em breve sobre).
Após 10 anos, depois de ter feito filmes que não o deixaram tão famoso, Romero volta pra aquilo que ele criou e, dessa vez, voltou com a perfeição, voltou com o melhor de todos os tempos. Dessa vez, o diretor contou com pessoas de peso na produção: Dario Argento (que ajudou na produção, na trilha sonora e na divulgação do filme) e Tom Savini (ajudou nos efeitos especiais e fez uma ponta). Nesse filme, a crítica social é feita ao consumismo. Foi filmado no "Monroeville Mall" onde, até hoje, tem lojas que aparecem no filme. Hoje, dentro do shopping, existe uma loja específica que fala sobre o filme e vende acessórios. Mas, voltando ao filme, até hoje ele faz muito sucesso e todos os fãs de terror veneram o filme. Em 2008, "Despertar dos Mortos" foi eleito pela revista Empire como um dos 500 melhores filmes de todos os tempos, junto nessa lista também está "A Noite dos Mortos-Vivos". Em 2004, foi feita uma refilmagem e foi dirigido por Zack Snyder. Mas, a melhor coisa que teve em 2004 foi quando a distribuidora Anchor Bay Entertainment lançou um box com 4 DVDs com as versões que o filme teve (foram 4) juntamente com extras. Eu ainda terei esse box maravilhoso.
Em 1985, 7 anos depois de sua obra-prima, George fecha o que, primeiramente, seria "A Trilogia dos Mortos" com o filme "Dia dos Mortos". Este já não foi tão bem recepcionado quanto seus antecessores, mas não deixa de ser um filme ótimo. Os efeitos especiais ficaram nas mãos de Gregory Nicotero que, ano passado, ajudou na produção da ótima série "The Walking Dead". Voltando ao filme, gerou várias homenagens em outras produções. Por exemplo, no filme "Extermínio", dirigido por Danny Boyle, os militares britânicos lembram bastante os personagens do filme de Romero e, como em "Dia dos Mortos" eles guardam um "infectado" para testes. Rendeu uma péssima continuação que não indico nem a meu pior inimigo: "Dia dos Mortos 2 - Contágio". E gerou um remake que é tão ruim quanto a continuação. Não lembro em qual dos dois que tem um zumbi vegetariano.
Vinte anos após "Dia dos Mortos", George A. Romero volta pra nos mostrar mais zumbis famintos. Após filmes mudarem um pouco o conceito sobre mortos-vivos (Extermínio, por exemplo) e receber homenagens em outros filmes (o extraordinário "Todo Mundo Quase Morto"), o diretor resolve evoluir seus zumbis. A crítica social continua presente, assim como o gorezinho essencial mas, dessa vez, os saudosos comedores de carne humana conseguem se comunicar. Lembro que assisti no meu aniversário de 2005 e foi ótimo! Recebeu ótimos elogios de críticos apesar de sua classificação alta nos cinemas.
Com a febre dos filmes com câmeras estilo documentário, George Romero também resolve se aventurar nessa. Após o sucesso do extraordinário filme espanhol [REC], em 2007 o diretor lança "Diário dos Mortos". Muitos consideram um tipo de continuação para a "Quadrilogia dos Mortos" mas, ao meu ponto de vista, já faz parte de outra série, digamos assim. Um fato curioso é que Romero usou algumas músicas que foram usadas na trilha sonora de "A Noite dos Mortos-Vivos". Críticos mencionaram que Romero continua sendo um mestre no que faz quando se trata de zumbis, devo dizer que todos estão certos.
Pra finalizar (ou não, pois Romero disse que mais zumbis estão vindo), ano passado (2010) George lançou "Survival Of The Dead" (dias atrás eu li que foi lançado como "Ilha dos Mortos") e, dessa vez, os zumbis também sofreram um certo tipo de evolução, só vendo o filme pra entender. Este já não foi tão bem recepcionado tanto por críticos quanto por fãs. Eu gostei, ainda mais de tanta porcaria que vi hoje em dia, relacionado a mortos-vivos, é claro.

Finalizando, com esse texto eu queria deixar todos os leitores curiosos pra conhecer o trabalho desse mestre. Não é necessário ver todos os filmes pois eles não seguem uma ordem cronológica e não aproveitam os mesmos personagens, exceto "Ilha dos Mortos" que tem personagens do "Diário dos Mortos". Agora, se for realmente ver um filme dele e quiser se surpreender, veja "Despertar dos Mortos". Mas não veja com o pensamento de que será só mais um filme de terror pra colocar na lista dos filmes que já viu. Pra um filme que é um clássico cult e homenageado em vários filmes, ele merece uma chance até de quem não gosta de terror.
Enfim, boa sorte pra quem for ver!

Abraços "gorezísticos"
Adriano Mendes

O Lutador (2008)

Sei que não sou a pessoa ideal para falar desse filme. Creio que o Adriano , tem mais conhecimento sobre WRESTLER e sobre filmes de luta em geral, porém vou tentar expressar minha singela impressão sobre o filme.


O Lutador (2008)
A história do filme basicamente é sobre a vida do personagem Randy "The Ram" interpretado por Mickey Rourke (lutador fictício), e conta sua trajetória atual na merda, depois de ser um dos maiores lutadores de luta livre dos anos 80.
Conta com a "ajuda" da dançarina (linda a Marisa Tomei né gente) para ter algo que poderia ser um romance, mas logo percebe que tudo que fez para si no decorrer da vida literalmente o ferrou.
Gostei muito do filme, achei que a luta final é simplesmente incrível , e para mim foi um exemplo muito grande de superação pessoal. Mesmo que essa superação seja para aceitar as escolhas que nem sempre são consideradas como corretas. The Ram consegue entender perfeitamente o que fez com o seu corpo, e como é difícil ser um ídolo do passado, as cenas em que a dançarina também percebe isso é de cortar o coração. Ambos são presos pelo corpo e pela vida que escolheram, mas talvez concebam a idéia de maneiras diferentes.
Se ela pode escolher um caminho "melhor" para a vida, ainda tem chances disso afinal ela ainda tem o amor pelo filho. O Lutador bem que tenta, mas descobre que seguir o caminho da vida normal (um emprego, e ser finalmente amado, o grande ideal de todos) pode custar muito a sua já cansada vida. E tentar a reconciliação com sua filha (interpretada por alguém que gosto muito Ewan Rachel Wood) pode ser muito complicado.
Mickey Rourke interpreta com sangue nos olhos. Acho que a identificação com o personagem foi muito grande, pois a vida dele em si é bem semelhante. A dedicação pelo personagem foi tanta que simplesmente dá vontade de abraçar ele.
Mas, o que fazemos das nossas escolhas nem sempre precisam pesar para o que é certo, ou que no fim nos arrependemos, como os filmes de superação sempre tentam vender isso, tudo é sempre uma moral, uma maneira certa de agir para alegrar alguém.
Acontece que nossas atitudes podem ter conseqüências boas, ou más o que não vem em questão. O que realmente percebo é que tudo depende de como encaramos e como peitamos o que decidimos fazer da nossa vida. Se é com um discurso final, ou com choro cada um sabe no fim o que é melhor para si mesmo.
Além de tudo isso,"O Lutador" ainda tem a trilha sonora que combina perfeitamente com o clima do filme. Se ele esta preso como lutador dos anos 80, nada melhor do que o bom e velho Rock dos anos 80 embalando o filme mostrando que fora dos ringues também é necessário interpretar para agradar né não?

Consideração final: O Darren Aronofsky mandou bem na direção, embora não vá ter ninguém que me faça gostar do Réquiem Para um Sonho uahuahuahhu, e recomendo que as pessoas assistam, porque a principio parece mais um filme sobre um lutador esquecido que resolve mostrar que ainda é bom. Mas não é só isso, é um filme bom com músicas boas e que quando virem a cena dos autógrafos lembrem que nem tudo na vida são flores... há!
E que realmente é triste ser esquecido, mas nem por isso precisamos sair do salto, ou no caso do colã!


Um abraço



Gabi