segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Original Vs. Refilmagem
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Capitão América (2011)
sábado, 23 de julho de 2011
X-MEN
X-MEN first class é isso: Ciclope, Jean Grey (Garota Marvel), Fera, Anjo (ou Arcanjo) e Homem de Gelo. Qualquer coisa fora disso é coisa da FOX...
Como pode??? Já tinham estragado a "ORIGEM" do Wolverine, agora fazem um filme com uma pseudo origem dos X-Men, com personagens fracos e que não possuem nenhum contexto em uma linha cronológica MARVEL comics!!!???
sexta-feira, 15 de julho de 2011
O Super-Homem
Produção do ano de 2007, com estréias no ano de 2008 para o restante do mundo. Sua origem é da Coréia do Sul e pode se classificar como um drama/comédia.
Há momentos na vida no qual se reflete sobre o andamento das nossas realizações, frustrações, méritos, sonhos, paixões, etc., momentos que o mundo para e há um questionamento sério: quem sou EU???
O filme inicia dessa forma, mas há muito mais para ser refletido do que o início de humor se aproximando do infantil, bastante caricato; a película se desenvolve como uma pessoa, passando por uma fase conturbada de aceitação, quase como na adolescência, chegando do meio ao final com uma postura séria e madura como na fase adulta e terminando serenamente na melhor idade. Não chega a lembrar o "Up" da PIXAR, mas a reflexão irá além...
Dos atores principais quem se destaca é Hwang Jung-min, o tal Super-Homem do título, atraindo todos os olhares para si em uma atuação muito detalhada. É nítido como o mesmo personagem parece tão diferente do começo para o final.
O roteiro é derivado de uma história real, e isso realmente impressiona. Se fosse um filme francês, com certeza seria muito mais conhecido e dramático.
A fotografia é como um típico filme asiático, de bastante qualidade. Bastante luz mesmo em ambientes fechados e nas cenas ao ar livre há uma variedade de cores que sempre estão em harmonia com a intensidade da cena.
O figurino chama um pouco a atenção pela já tradicional e marcante capa vermelha que é característica do super herói da DC comics, que tem o nome de Super-Homem. Talvez o personagem de histórias em quadrinhos mais famoso mundialmente, mas no filme é uma peça que chama a atenção pelo seu simbolismo.
Retornando ao que prende a atenção, a reflexão está exatamente na questão inicial. Será que sabemos sempre quem somos e o que queremos??? Os dois personagens principais se trocavam dentro do mesmo questionamento, mas nem sempre as questões de racionalidade e as crises da rotina possibilitam que se visualize ao nosso próprio EU em um espelho da consciência.
Será que sou aquele que iria ajudar as necessidades de quem se apresenta em estado de socorro, ou seria mais uma pessoa no meio da multidão a ignorar o fato??? Talvez como POVO, uma coletividade de ovelhas, principalmente no aspecto político, a maioria nunca se arriscaria nem se meter em uma discussão com argumentos sérios, o que nos torna apolíticos e em estado de inércia aos fatos que podem mudar drasticamente o cotidiano próprio. A inércia como definida por Newton, possui a característica de ser nula e estática e assim como na vida, não teremos nenhum tipo de mudança se não há o desejo e a vontade para que as coisas mudem. Isso fica bem perceptível na cena da "corda da mulher maravilha"... Afinal, você está aí porque quer; o seu lugar... é aqui s2!!!
De acordo com Paulo Freire a PRÁXIS é a ação e a reflexão dos homens para a transformação. É o que se busca na vida. Não se pode, pura e simplesmente praticar uma atitude sem reflexão; contudo a reflexão apenas nãos nos traria nenhuma mudança, a não ser em nós mesmos. Podemos sempre, TODOS NÓS ter a capacidade de ser o Super-Homem, voar em busca de nossos sonhos e pelo ideal de fazer o que é considerado pela moral atual de correto e virtuoso, só não há coragem e vontade no grande pasto, urbano ou rural, real ou virtual, em um universo macro e nem no micro.
Para os gregos a nomenclatura cidadania envolvia: DIREITOS de cada cidadão e principalmente OBRIGAÇÕES, que geralmente é deixada para o esquecimento dos contemporâneos cidadãos.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
O Real e a Realidade na Ficção Científica
Até mesmo quando a dúvida se torna uma coceira instigante ela acaba passando sem significância aos nossos olhos. O que importa é viver. E apenas vivemos, interpretamos, sorrimos ou choramos. Entretanto, para tudo e um pouco mais, ainda temos a imaginação. Esta só passa ser algo por meio da palavra significada, da imagem intepretada e do movimento. Não existe nada mais forte na vida que os sentimentos imaginados.
A partir de quando questionamos o que é real? O concreto ou o caos sem significação? Talvez responderiamos: “desde sempre”! Mas... onde... e quando começa esse “sempre”? No cinema, como em toda forma de expressar a vontade humana, a questão “do que é o real” ou “em que realidade vivemos” tem-se apresentado num dos elementos mais instigantes no processo de pensamento e seus desafios pela ficção. Não à toa me tornei fã de carterinha de filmes de ficção científica. Somente a ficção desafia o óbvio, desmascara o banal e o comum, mostra o além da realidade crua – mexendo com nossos medos, anseios e sentidos – estampando nossa condição humana. Como a condição é ou pode ser. Os limites também, sim! Mas também aquilo que nunca imaginaríamos ser possível ou alcançável – ou seja, o sem limite de nós mesmos.
O que é o real? Talvez seja essa a pergunta que três filmes (que logo apresentarei) tentaram questionar em apenas alguns minutos de projeção. Irei um pouco mais além, a questão essencial não é saber o que é o real e sim em qual realidade vivemos. No primeiro longa de hoje intitulado “Preso na Escuridão” (Abre los Ojos, 1997), César é uma espécie de mulherengo narcisista, bem acostumado ao desfrute de suas conquistas intímas e de sua herança milhionária. Depois de conhecer a bela e atraentea atriz Sofia e compartilhar de novos sentimentos, César cai num dos piores pesadelos que poderia acontecer na vida de um narcisista – tem seu rosto desfigurado num acidente de carro. Depois de sofrer devido sua nova condição, César se depara com um instante inusitado e mágico, médicos recuperam seu antigo e belo rosto por meio de uma cirurgia revolucionária. Logo depois de reconquistar Sofia, sua recente paixão, o que parecia um sonho na vida de César aos poucos acaba por se revelar num labirinto de pesadelos. A partir desse momento César começa a sofrer de alucinações e aos poucos passa a questionar a realidade em que vive – tentando colocar a prova sua sanidade mental e fisíca.
Já no filme “Cidade das Sombras” (Dark City, 1998) John Murdoch (Rufus Sewell) acorda misteriosamente sozinho e sem memória na banheira de um hotel. A partir de então John percebe que está sendo suspeito de cometer vários assassinatos. Será ele o assassino? Além de ser perseguido por um inspetor (William Hurt) e também por estranhas criaturas parecidas com Nosferatu, John começa a procurar por respostas para sua enigmática identidade. O cenário se apresenta numa cidade onde nunca amanhece (expressionismo alemão). Para isso John contará com a ajuda do esquisito Dr. Pehreber (Kiefer Sutherland) e também tentará contar com sua frágil memória, principalmente em relação a uma vida que possivelmente não deveria ter existido, e que o intrigará durante toda a trama. Aos poucos John Murdoch acaba por possuir estranhos poderes que o ajudarão no confronto final com os manipuladores de sua realidade.
O filme 13º Andar (The Thirteenth Floor, 1999), baseado no romance de ficção-científica Simulacron 3, talvez seja a obra de ficção que melhor questione sobre a realidade que criamos e a realidade que vivemos. A história começa com dois sócios de uma grande corporação que estão prestes a concluírem o mais avançado projeto de simulação de realidade. Entre eles está Douglas Hall (Craig Bierko) que, após ser contatado pelo detetive McBain, descobre que seu chefe e sócio Fuller (Armin Mueller-Stahl) acaba de ser assassinado na noite anterior, no dia que, supostamente, Fuller havia marcado um encontro entre os dois. A partir desse momento Douglas Hall começa a investigar o que seria de tão grave que seu sócio queria lhe revelar. Não obstante, Douglas também passa a ser alvo de suspeita de assassinato do próprio colega. Sem obter respostas e depois do encontro misterioso com a desconhecida filha de Fuller, Douglas percebe que só resta se aventurar pela “realidade virtual” recém-criada para obter as descobertas que Fuller queria lhe mostrar. No 13º Andar de onde trabalha Douglas nunca pôde imaginar que a distinção entre criação e criador seriam tão assustadoramente estreitas. E a verdade, neste caso, apenas fumaça e espelhos.
O interessante é que nos três filmes os protagonistas são suspeitos de assassinatos, o que deixa transparecer ainda mais suas "insanidades" a partir do momento que questionam o que é o real. Outra característica marcante dos três filmes é o que poderíamos chamar de “Dejà Vú”, o que em Matrix é apenas um gatinho desfilando sua elegância por duas vezes, em 13º Andar se trata de uma das chaves da trama. Emoções compartilhadas, percepções de que já encontraram “aquela pessoa” em algum momento ou em algum lugar, estão entre os mistérios do filme.
Então, para concluir, a memória pode ser falha em alguns casos, mas é a essa memória que recorremos quando queremos definir o que somos ou quem queremos ser. Talvez seja coincidência o fato dos três filmes estrearem em linhas sucessivas de anos (1997, 1998, 1999), ou talvez não. Seria o mundo da ficção científica querendo nos revelar um enigma? Pelo menos nestes casos a diversão em descobrir é puramente garantida, sem dizer que é também interessante. Então... boa pipoca a todos!!! E abram os olhos para uma nova realidade.
Abraços do Max
quinta-feira, 16 de junho de 2011
O mito da caverna e o custo-benefício!!!!
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Sua Imagem e Semelhança - THX 1138
Imagem: Meu tempo é seu.
THX 1138: - Massas para as massas...
Imagem: - Prossiga.
- Muito bem.
Pode começar.
THX 1138: Bem...
eu errei na transferência térmica hoje de manhã.
Jamais aconteceu antes.
Eu não estava muito concentrado.
Imagem: - Sim, entendo.
As coisas não estão...
...indo bem.
Imagem: - Sim. Que bom.
- Como pude errar tanto?
Minha companheira...
anda bem estranha.
Não consigo explicar isso.
Imagem: - Sim.
- Também não me sinto muito bem.
Imagem: - Sim, entendo.
- Não sei, talvez eu seja o problema.
Imagem: Sim. Que bom.
Precisei de Pendural noite passada.
- Sinto como se algo...
Imagem: - Excelente.
...estranho estivesse
acontecendo comigo. Algo que...
Imagem: Sim.
...não consigo entender.
Imagem: - Poderia ser mais... específico?
Os sedativos.
Estou tomando Etracene,
mas não parece forte o suficiente.
- Tenho dificuldade em me concentrar.
Imagem: - Sua fé é verdadeira.
Receba as bênçãos do Estado...
- Por favor, me perdoe.
... e das massas.
És um súdito do Divino,
criado à imagem do homem...
pelas massas, para as massas.
Agradeçamos por ter
um cargo a preencher.
Trabalhe duro.
Aumente a produção.
Previna acidentes. E...
seja feliz.
sábado, 11 de junho de 2011
OMEGA DOOM – Uma Espécie de Faroeste Futurista
Não é nenhuma novidade a combinação de elementos de gêneros diferentes na produção de diversos trabalhos artísticos, seja na literatura, música ou cinema. Tratando-se de filmes, não podemos deixar de notar que gêneros como ação, suspense, comédia, romance, ficção e terror já estiveram combinados na mesma película e por sinal acabaram se constituindo em excelentes trabalhos, e em alguns casos em excelentes obras-primas. O filme que lhes apresento – Omega Doom (1996) – é uma combinação de dois gêneros que aprecio e tenho orgulho de ser fanático, o filme combina os gêneros de ficção científica com a mais peculiar malícia do estilo western.
A história se passa num futuro apocalíptico depois de toda destruição empreendida e travada numa guerra entre humanos e máquinas. No meio desta batalha o androide Omega Doom foi ferido na cabeça por um tiro disparado por um soldado humano, e perdeu seu programa de comando de guerra passando a viver (supostamente), depois desse fato, como um renegado andarilho.
Não é necessário ser um gênio para reparar que o filme é de baixo orçamento, com efeitos especiais modestos e um cenário que parece mais o terreno baldio de seu vizinho. Entretanto, Omega Doom não deixa de ser uma boa pedida para amantes do gênero. Combinando elementos de ficção científica e western, o filme além de apresentar um roteiro interessante, também demonstra que as qualidades de uma película estão na forma criativa de expor aquilo que nossa imaginação permite. Neste exemplo, – um futuro caótico dominado por gangues rivais com androides sobreviventes duelando por seus próprios interesses no melhor estilo western. Estes androides demonstram suas virtudes, defeitos e fraquezas num cenário Europeu devastado pelo inverno nuclear.
O androide Omega Doom é interpretado pelo excelente ator de ficção cientifica Rurger Hauer. Quando Omega se depara num parque povoado por duas gangues rivais de androides, sua presença arrogante e destemida começa aos poucos a mexer com os circuitos desses dois grupos de nervosinhos. Ao perceber que o interesse das duas gangues é se apoderarem de possíveis armas escondidas naquele território, Omega começa um jogo de armadilhas visando destruir as duas gangues simultaneamente. No meio de toda essa confusão estão dois androides pacíficos que irão futuramente ajuda-lo. Um dos andróides é o que sobrou (cabeça) de um ex-professor e o outro uma ex-babá. Aos poucos os verdadeiros objetivos de Omega Doom começam a se revelar. Não poderia faltar neste cenário as tão famosas cenas de bar tão característica dos filmes de western.
Como a maioria das armas foram devastadas devido às guerras nucleares, os duelos são realizados por meio de adagas. Uma das gangues se chama “Os dróids” que são quatro mercenários que se movimentam igual ao Robocop. Já a gangue rival se chama “The Roms”, são três mulheres androides de nível avançado e com figurino estilo Matrix, ou melhor, com figurino que Matrix copiou na cara dura. A única coisa em comum desses androides é o fato de serem assassinos natos e temerem o retorno dos humanos.
Por diversas vezes fiquei pensando se "Omega Doom" poderia ser um filme muito melhor se fossem investidos um bom orçamento ou utilizassem a última tecnologia de efeitos especiais tão facilmente disponíveis até para filmes de baixo orçamento. Entretanto, também fico pensando que filmes com roteiros interessantes poderiam apenas se “estragar” com os apelos da indústria dinheiristas do cinema, como aconteceu com filmes lixos como “Eu, robô” e “Transformes 1 e 2”. Não tenho muito que dizer e confesso que gostei do filme "Omega Doom" do jeito que ele é – um simples filme de ficção científica. E para quem não assistiu seja rápido no gatilho e assista ao filme ou levará bala. : )
Abraços do Max
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Do You Like Scary Movies?
domingo, 17 de abril de 2011
“Doze homens e uma sentença” e o ofício do cinema
Sabrina Demozzi
Primeiro é o filme. E depois a paixão que torna “Doze homens” um dos filmes mais memoráveis de todos os tempos
Pra começar a falar desse filme vou citar uma canção que Maria Bethânia interpreta como ninguém, trata-se da música “Sete Trovas” dos autores Consuelo de Paula, Etel Frota e Rubens Nogueira. Nessa música fala-se do que significa o ofício da música, como podemos ver nos versos a seguir:
“A canção é meu pecado
Minha dor e redenção
Meu brinquedo, meu reisado
O meu bocado de pão
A canção é meu estado
Minha sina, distração
Meu folguedo, meu congado
Meu cajado, profissão... “
Uma sorte. Um presente. Continua a linda letra que vai ilustrar o que é a canção para quem a ama e torna disso seu trabalho. E é aqui que começo a falar de Sidney Lumet. Um trabalhador do cinema. Um homem que nos deu “Doze homens e uma sentença” uma das maiores obras-primas da cinematografia. Um daqueles filmes que não dá pra gente morrer sem ver. Além é claro de todas as outras belezas que ele realizou.
Esse filme é de 1957 e o título original é “12 Angry Men”. No elenco, estrelas como Henry Fonda, Martin Balsam, Lee J. Cobb e Jack Warden dividem as atenções. Um filme cuja sinopse resume o filme como “Doze jurados devem decidir se um homem é culpado ou não de um assassinato, sob pena de morte. Onze têm plena certeza que ele é culpado, enquanto um não acredita em sua inocência, mas também não o acha culpado. Decidido a analisar novamente os fatos do caso, o jurado número 8, representado por Henry Fonda, não deve enfrentar apenas as dificuldades de interpretação dos fatos para achar a inocência do réu, mas também a má vontade e os rancores dos outros jurados, com vontade de irem embora logo para suas casas.”
Lee J. Cobb, um ótimo ator, é o jurado de número 3 e é um dos personagens que mais me dá nos nervos. Ele grita demais, é racista e preconceituoso. É uma tortura quando ele está em cena. Sempre penso nisso quando vejo esse filme. Já o Henry Fonda que interpreta o jurado número 8 é a elegância em pessoa, fala baixo, de forma coerente. Como um Sócrates moderno ele instiga os demais jurados a fugirem das convicções recém formadas e a pensarem melhor. “E se não for bem assim?”.
Esse filme para mim, fora todos os méritos cinematográficos que possam existir, é um dos filmes que todos deveriam assistir por questionar o que já está estabelecido, o que já está decidido. Não estou pregando a anarquia, mas sim a argumentação, o pensamento e a inteligência.
E é só quem faz da sua vida seu ofício e vice-versa que consegue transmitir isso com tamanha precisão. Como fez Lumet. Ele era um observador da realidade e das pessoas, conseguia como poucos transportar para as telas os tipos de pessoas sem cair na caricatura ou falsidade, era um gênio. Seus atores pareciam nascer para os papéis e nós sem querer nos solidarizávamos com os piores tipos, torcíamos pelos bandidos, porque eles não eram tão ruins assim. E quem se identifica, reconhece.
“Doze homens” é um daqueles filmões que não existem mais. Quem faria um filme cujo enredo se passa, a maior parte do tempo, em uma sala onde jurados estão reunidos? Sem saudosismo, acho Lumet essencial não só para quem gosta de cinema, mas todos que levam seu ofício a sério. Não importa qual seja. Esse filme é uma das maiores mostras de que há gente que nasceu para determinado trabalho e se apaixonar pelo que faz é conseqüência, assim eu finalizo esse texto perguntando: qual é seu ofício?
domingo, 3 de abril de 2011
O Caminho dos Defuntos
O Lutador (2008)
domingo, 27 de março de 2011
Serenity o filme (ou a Saga de um Diretor)
Digamos que Serenity foi uma espécie de trabalho de superação e desabafo do diretor Joss Whedon. Depois de amargar o “corte” de sua série Firefly antes mesmo de terminar a primeira temporada e depois de várias tentativas frustradas de ressuscitar a série, o diretor demonstrou, de forma até mesmo emocional, o quanto acreditar num projeto requer muito esforço e paixão por aquilo que se faz e acredita. Então, logo depois de conseguir a aceitação e o din-din para a produção de seu longa o diretor confirmou que, além de ser ótimo roteirista e escritor, é também um talentoso diretor de filmes. Neste caso, o apoio dos fãs foi matéria prima importantíssima para a continuidade e conclusão do projeto. .............................................!Sim, ele é um cara legal!
Confesso que nunca assisti a série “Firefly” e acredito que ela nunca foi rodada no Brasil (talvez pela Fox), entretanto percebi um certo clima de “já trabalhamos juntos” entre o elenco e personagens do filme. Não por acaso, realmente o elenco é o mesmo da antiga série “Firefly”, o que deve ter agradado muito aos fãs da série. O ambiente descontraído durante as filmagens, o conhecimento do roteiro e dos personagens, a afinidade com o diretor são elementos que contribuíram e muito para que a trama do filme fluísse de forma natural e até mesmo empolgante. Os efeitos especiais são ótimos e principalmente (o que me deixou contente) sem grandes apelações. As cenas de lutas são também surpreendentes, com destaque para atriz Summer Glau que utilizou de suas habilidades como bailarina para incorporar a “perturbada” e “boa de briga” personagem River. Mas vamos à história do filme.
HISTÓRIA: Há quase 500 anos no futuro, a humanidade quase que praticamente acabou com todos os recursos naturais do planeta. A solução foi transmigrar para um novo sistema solar e construir uma nova civilização. Este novo sistema é dirigido e controlado pela “Aliança” (uma espécie de herdeira da fusão das duas últimas grandes potencia mundiais EUA e China) que tem como objetivo crucial disseminar um “projeto civilizador” para todo o sistema por meio de uma utopia de “um mundo melhor” de alta tecnologia e unificação. Mas como todas utopias perfeitas nesta história ainda existe certas brechas e sujeiras por debaixo do tapete. O que acontece é que a “Aliança” desencadeia uma constante ditadura da “civilização”, entrando em confronto com planetas periféricos e independentes aos quais não aceitam seu ponto de vista. O diretor Joss Whedon demonstrou que mesmo há 500 anos no futuro ainda existe os mesmos dilemas éticos e morais que infligem na atualidade. A guerra entre a “Aliança” e os “Independentes” termina com a vitória da “Aliança” na batalha do Vale Serenity.
FILME: Entretanto, a história do filme começa anos depois de toda essa confusão. Tudo começa quando uma garotinha prodígio River (Summer Glau) é utilizada pela “Aliança” para a realização de experiências científicas com o objetivo de criar uma “super arma” humana. Depois de ser resgatada dos laboratórios pelo irmão Dr. Simon (Sean Maher), a dupla conseguirá um último refúgio na nave pirata chamada Serenity. Esta nave é comandada pelo truculento capitão Malcolm “Mal” Reinolds (Nathan Fillion) que lidera sua equipe realizando pequenos tranbiques e assaltos pelo espaço. Entretanto, o capitão e sua tripulação não estão conscientes do perigo que estão correndo ao manter River em sua nave. Agora a “Aliança” tem planos de deter em suas mãos sua maior paranormal criada em laboratório. Para este serviço é designado um assassino frio e metódico interpretado pelo ator Chiwetel Ejiofor para perseguir e encontrar River, mesmo tendo que passar por cima de tudo e de todos. A trama se segue por meio dessa caçada de tirar o folêgo com muitas cenas de ação e reviravoltas.
PERSONAGENS:
Serenity: além de ser o nome do filme e o nome da última batalha entre a “Aliança” e os “Rebeldes independente”, Serenity também é o nome da nave tripulada por essa gangue de forasteiros. A nave apesar de ter uma ótima performance, sempre necessita de reparos e vive quebrando ou perdendo alguma peça. Até parece meu carro.
Malcolm Reinolds: também conhecido como Mal, é o capitão e comandante da nave Serenity. "Mal Reinolds" é uma espécie de “cowboy-pirata do espaço” que utiliza sua nave para viver como fora da lei. Tem uma personalidade contraditória e as vezes durona, no entanto participou como sargento da última batalha no Vale Serenity, demonstrando assim um passado idealista. Sempre enigmático, possuí um relacionamento mal resolvido com Inara. Sua marca é uma mistura truculência e piadinhas sarcásticas.
Zoe Alleyne Washburne: interpretada por Gina Torres, é o segundo imediato a bordo da Serenity, amiga dos tempos de guerra do Capitão Reynolds, e mulher de Wash.
Hoban "Wash" Washburne: interpretado por Alan Tudyk, é o piloto da Serenity e o marido de Zoe. Piloto habilidoso tem como seu lema a frase “sou uma folha ao vento”. É um cara legal.
Jayne Cobb: interpretado por Adam Baldwin, é a força bruta contratada da nave. Quando se precisa entrar numa briga ou tiroteio Jayne é cara.
Inara Serra: (ah, Inara!) interpretada por Morena Baccarin (atriz brasileira), é uma acompanhante de alto status social. Ela e Mal tem uma relação complexa e mal resolvida.
"Kaylee" Frye: interpretada por Jewel Staite, é a mecânica da nave. É apaixonada pelo Dr. Simon e uma espécie de irmã adotiva de Mal. Por sua sensibilidade as vezes atua metaforicamente como a consciência de Mal.
Dr. Simon Tam: interpretado por Sean Maher, é um pesquisador médico e cirurgião de trauma de primeiro calibre. Super protetor em relação a sua irmã River, o médico geralmente entra em conflito com Mal.
River Tam: interpretada por Summer Glau, foi contrabandeada a bordo da nave por seu irmão. É uma das pricipais personagens do filme e devido ao fato de ser cobaia em laboratórios do governo, sofre de uma espécie de esquizofrenia, podendo até ser violenta em casos especiais. Olha o que eu digo, a magrelinha é super boa de briga e uma das chaves da trama da história.
O filme tem a presença de alguns elementos de wester, como por exemplo, nas paisagens periféricas que contrastam com outros ambientes futuristas. Isto se deve justamente pelo diretor ter uma certa feição ao clima periférico do cenário americano – o velho oeste e seus forasteiros. Um aspecto marcante do filme é tambem demostrar o lado dos derrotados, aqueles que rejeitaram o modo de vida dominante do Sistema, muitas vezes vivendo de trambiques e pequenos assaltos como foras da lei. Fazendo do filme, neste caso, uma espécie de wester do espaço, elemento muito bem sucedido nos filmes de ficção científica.
Então pessoal, é isto que se apresenta no longa metragem "Serenity – A luta pelo Amanhã", um filme que concerteza tem seu lugar de destaque no cenário dos filmes de ficção científica. Escrito e dirigido pelo criativo e perseverante Joss Whedon demonstrando de forma verdadeira e pura que nunca devemos desistir de nossos sonhos e projetos e com isso realizar um bom trabalho.
Ah! E se alguns dos personagens de Serenity parecer com alguém que você conheça na vida real, isto é apenas uma mera coincidência!!! Ou não!!!
Abraços do Max
sábado, 26 de março de 2011
Sucker Punch
terça-feira, 8 de março de 2011
Crítica: A Origem (ou a falta de Criatividade)
Não, realmente em hipótese alguma o filme demonstrou algum aspecto de criatividade. Para quem não conhece a temática dos sonhos, esta já é bem conhecida na história dos cinemas. Não ouso dizer que se trata de um plágio, mas a temática do filme é muito semelhante a um clássico oitentista da ficção científica chamado “A Morte nos Sonhos” (Dreamscape, 1984). Mas com uma pequena diferença, o filme “A Morte nos Sonhos” é realmente um filme criativo e trabalha com mais propriedade o imaginário dos sonhos e dos pesadelos (farei um artigo posteriormente sobre este filme). Dizem as más línguas que o filme "A Origem" até se parece com uma histórinha em quadrinhos do “Tio Patinhas”, onde os irmãos metralhas usam uma máquina do professor pardal para entrar nos sonhos do "pato avarento" e roubar seus códigos secretos. Por falar nisso a construção da trama de ladrões lembra muito o filme “Onze Homens e um Segredo” (2001), mas não vou entrar nesses detalhes.
....................Esta cena lhes parecem familiar?.......................
Aliás esta temática já esteve presente em filmes como “A Cela” (2000), e outros filmes que questionam a realidade como “A Cidade das Sombras” (1998), e no quase esquecido “13º Andar” (1999), confesso que estes dois últimos merecem um artigo especial para o gênero ficção-científica. Muito mais conhecido e popular é Matrix (1999). Este sim aparece constantemente no filme de Christopher Nolan, com suas cenas de ação, muitos tiros e efeitos especiais em câmera lenta. Por falar nisso, acho que Christopher Nolan tem certa inveja em relação à Matrix e também um certo problema em relação à proporção de “tamanho das coisas”. Enquanto em Matrix o menininho careca entortava uma colher com a força da mente, em seu filme a menininha atriz entorta uma cidade inteira. A atriz Ellen Page (tosquinha) estava tão perdida no filme que parece até debochar da trama. Contudo, os efeitos especiais são muito bons, mas não trazem nenhuma novidade no gênero. A trilha sonora é boa, atrapalhada pela barulheira de tiros (estava no cinema) que me deram dor de cabeça.
Mais uma observação: da pouca experiência que tenho com sonhos, geralmente estes não são tão arquitetados, arrumadinhos e com seqüências lógicas como tenta se esforçar o diretor em descrevê-los durante a narrativa. No filme os sonhos são todos iguais, não tem pesadelos, não se diferenciam quanto à personalidade, tem as mesmas tonalidades de cores e respondem as mesmas seqüências programadas da sinapse cerebral (matemática? Ui). O enredo é até um pouco comovente e sensível (mas cheio de falhas), e o ator Leonardo di Caprio se esforça muito aproveitando seu personagem do Filme “A Ilha do Medo” para enfatizar a trama.
Uma hipótese para o sucesso de bilheteria e de público para “A Origem” se deve, em minha opinião, ao fato de o público que assistiu ainda serem jovens ou de terem pouco conhecimentos sobre ficção-científica e também sobre a temática de filmes sobre sonhos. Na maioria, reverberando apenas o mais conhecido filme, ou seja, Matrix (este com muitas cópias de outros filmes). Ao que parece este filme tem a vantagem de atingir este público, dos quais já fiz parte um dia. Infelizmente estou velho, rabugento, assistindo a filmes como “No Country for Old Men” dos irmão Coen. Para finalizar postarei uma frase muito presente no filme “13º Andar”, comparada com as mil e duzentas do filme “A Origem”, ela é muito mais sensível e profunda, ou seja, a frase diz: “A ignorância é uma benção”. Saudades da minha.
Abraços do Max