sábado, 11 de junho de 2011

OMEGA DOOM – Uma Espécie de Faroeste Futurista


Não é nenhuma novidade a combinação de elementos de gêneros diferentes na produção de diversos trabalhos artísticos, seja na literatura, música ou cinema. Tratando-se de filmes, não podemos deixar de notar que gêneros como ação, suspense, comédia, romance, ficção e terror já estiveram combinados na mesma película e por sinal acabaram se constituindo em excelentes trabalhos, e em alguns casos em excelentes obras-primas. O filme que lhes apresento – Omega Doom (1996) – é uma combinação de dois gêneros que aprecio e tenho orgulho de ser fanático, o filme combina os gêneros de ficção científica com a mais peculiar malícia do estilo western.
A história se passa num futuro apocalíptico depois de toda destruição empreendida e travada numa guerra entre humanos e máquinas. No meio desta batalha o androide Omega Doom foi ferido na cabeça por um tiro disparado por um soldado humano, e perdeu seu programa de comando de guerra passando a viver (supostamente), depois desse fato, como um renegado andarilho.
Não é necessário ser um gênio para reparar que o filme é de baixo orçamento, com efeitos especiais modestos e um cenário que parece mais o terreno baldio de seu vizinho. Entretanto, Omega Doom não deixa de ser uma boa pedida para amantes do gênero. Combinando elementos de ficção científica e western, o filme além de apresentar um roteiro interessante, também demonstra que as qualidades de uma película estão na forma criativa de expor aquilo que nossa imaginação permite. Neste exemplo, – um futuro caótico dominado por gangues rivais com androides sobreviventes duelando por seus próprios interesses no melhor estilo western. Estes androides demonstram suas virtudes, defeitos e fraquezas num cenário Europeu devastado pelo inverno nuclear.
O androide Omega Doom é interpretado pelo excelente ator de ficção cientifica Rurger Hauer. Quando Omega se depara num parque povoado por duas gangues rivais de androides, sua presença arrogante e destemida começa aos poucos a mexer com os circuitos desses dois grupos de nervosinhos. Ao perceber que o interesse das duas gangues é se apoderarem de possíveis armas escondidas naquele território, Omega começa um jogo de armadilhas visando destruir as duas gangues simultaneamente. No meio de toda essa confusão estão dois androides pacíficos que irão futuramente ajuda-lo. Um dos andróides é o que sobrou (cabeça) de um ex-professor e o outro uma ex-babá. Aos poucos os verdadeiros objetivos de Omega Doom começam a se revelar. Não poderia faltar neste cenário as tão famosas cenas de bar tão característica dos filmes de western.
Como a maioria das armas foram devastadas devido às guerras nucleares, os duelos são realizados por meio de adagas. Uma das gangues se chama “Os dróids” que são quatro mercenários que se movimentam igual ao Robocop. Já a gangue rival se chama “The Roms”, são três mulheres androides de nível avançado e com figurino estilo Matrix, ou melhor, com figurino que Matrix copiou na cara dura. A única coisa em comum desses androides é o fato de serem assassinos natos e temerem o retorno dos humanos.
Por diversas vezes fiquei pensando se "Omega Doom" poderia ser um filme muito melhor se fossem investidos um bom orçamento ou utilizassem a última tecnologia de efeitos especiais tão facilmente disponíveis até para filmes de baixo orçamento. Entretanto, também fico pensando que filmes com roteiros interessantes poderiam apenas se “estragar” com os apelos da indústria dinheiristas do cinema, como aconteceu com filmes lixos como “Eu, robô” e “Transformes 1 e 2”. Não tenho muito que dizer e confesso que gostei do filme "Omega Doom" do jeito que ele é – um simples filme de ficção científica. E para quem não assistiu seja rápido no gatilho e assista ao filme ou levará bala. : )


Abraços do Max

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